Músicas

terça-feira, 17 de julho de 2018

O tempo

O tédio me fere muito. O tempo me engole aos poucos... Rápido, rápido, rápido... devagar. Lânguida, severa, exausta. Sou prisioneira do tempo em mim, não caibo no que passou, nem no que virá... Virá?

Lays Silva Santos

segunda-feira, 26 de maio de 2014

EMdorfina


É dessa coisa de pássaro que gosta. De liberdade e asa, de vento no rosto e alturas. Do equilíbrio perfeito e velocidade errante, vacilante e encantadoramente perigosa.  Da voz embriagada do choro ou do gozo: é que a cada arrepio uma parede é derrubada, a língua que desliza suavemente pela tez é barreira que se quebra e o muro de perdição onde debruça de errante é destruído pelo toque tenaz que aperta e liberta.  

Lays Silva

segunda-feira, 10 de março de 2014

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ásgeir


   
     Teus olhos de incertezas ainda me matam de angústia. Cai-me das mãos a habilidade de ninar-te, afastar todo mal que possa inundar teus dias quentes, ameaçar teu porto seguro. A saudade corroeu minhas coragens, a distância corrompeu meus sentidos, a dúvida embaralhou meus poemas. Dê-me então tuas dores, guardarei-as para quem não te assombrem

Lays Silva

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"A verdade sobre a nostalgia"


Tenho medo da intimidade... Muito porque, talvez eu tenha medo de sentir saudade, de doer na alma, de parar por medo... Ou que me descubram de verdade, que consigam completar minhas frases, entender meus gostos meus medos anseios... Ou de não entender nada e apenas estar ao meu lado, por puro desejo em estar - em verdade ser me amedronta ainda mais ...
Quem 'é' comigo, tem meu coração em mãos: deixá-lo cair, um aperto mais forte, nada disso angustia mais que pensar que podem cansar-se de segurá-lo e tê-lo nos cantos, na escrivaninha, na gaveta, fora de vista.... A solidão me dói tanto quanto o medo, que amedronta quanto a saudade, que saúda quanto a dor.... e amo.


Lays Silva

Cura


O que se passa em mim... tão inteira quanto incompleta?
Em um corpo inteiro hão de haver buracos profundos, eternos...
De alma esburacada, peito inflado, mente escancarada, boca um tanto calada...
Escondo-me numa das crateras dali; talvez se fechem...

as crateras não as feridas


Lays Silva

terça-feira, 12 de novembro de 2013

DOR


Hoje minha dor foi eterna
Hoje minha dor foi inteira
Passeou cada canto do meu corpo adormecendo de eternidade cada caco da minha carne
Hoje eu fui rasgada
Faltou ar
Faltou chão


O que fui ontem