Músicas

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Seja verdade ou fato



Agora eu sei que as coisas se vão, que o medo destrói, a partida dói, a decepção constrói, o amor corrói. Que o mundo acontece, a vida segue e vive-se.
Sei, mas não entendo - ou talvez não queira aceitar.

Lays Silva

domingo, 20 de maio de 2012

Dos poetas e seres: as palavras


É transcendental
É explicitamente implícito
Anormalmente insano
Adverbialmente intenso
Profundamente raso
In-devidamente  paradoxal.


Lays Silva

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O vento



Que o tempo não lance, com crueldade, a força de seu golpe; seja generoso, mesmo sendo ímpios os que o acompanham; que sua foice não acerte com tanta impiedade nas raízes, já podres, dos descrentes; a maçã não caia da árvore antes que amadureça e seja lei divinal aprendermos que o que passou não volta, o tempo corre à galope e o vento não leva passados, nem os apaga.

Lays Silva

O sofrimento é admirável


Foto via: (Não lembro onde encontrei, nem ao menos de quem seja, essa imagem maravilhosa, para dar os devidos créditos)


Acho admirável como dor e sofrimento tornam poemas mais bonitos e intensos, como mágoa e saudade consagram poetas, como a humanidade deileita-se com rimas ricas: de tristeza, de solidão, de morte, de destruição e corações partidos e como as palavras inundam "nadas" e transbordam lágrimas.

Lays Silva 

Resposta aos Mal-Amados




Desculpe-me. Mas se o amor comeu teu nome e a tua identidade, tua estante e teus livros, ele devorou por completo o meu ser. Invadiu e "abilolou" minha mente, queimou o que poderia vir a ser futuro e só deixou saudade; passado; história; mentira e verdades muito dolorosas. Se ele não deixou vestígios de quem tu és, ele não me deixou lembranças de quem fui, nem perspectivas do que poderia ser. E hoje existe eu, nada mais que "eu" só, em meio aos pronomes. Pois, não me venha dizer, com meia dúzia de palavras frígidas e salpicadas de ironia, que o Amor a ti comeu e ao teu ser sorveu, quando eu... a mim.... ele simplesmente... ainda sinto os dentes em minha carne, perfurando-me, retirando o resquício de vida, de ser gente, humana. E hoje -infinitamente- nada (essa sou eu): um arremedo de algo.


Lays Silva