Músicas

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

domingo, 28 de outubro de 2012

Dos Mais Antigos: o amor


O amor é fechar os olhos durante o beijo
Sorrir todos os sorrisos do mundo num abraço
É o ciúme de estimação velado no peito
A admiração no canto dos olhos
É saudade vislumbrada sem distância
O amor é um mexilhão que abilola e expurga tudo dantes dele
Mais que o cansaço das línguas
Amor é tudo
Tudo deveria ele ser

Lays Silva

Esse Tal de Tempo e as Minhas Loucuras


Quando amanhã - que agora é hoje - eu olhar o ontem - que já foi hoje - eu perceberei que o amanhã - naquele instante hoje que virá a ser ontem- não vale de nada se não for o hoje, e quando esse for ontem de nada também valerá.


Lays Silva

Sopa de Letrinhas


- As palavras estão às moscas!
- Fui eu quem as convidou, elas dão um ar sofisticado ás coisas, não?

Lays Silva

Ensaio Sobre Nada


O amanhã ainda é tão certo quanto a brevidade da nossa existência, então beba mais dos teus julgamentos e do instrumento toque as notas soltas no ar, pois os acordes dos teus beijos dão belíssimas tortas de coisas bonitas e o rosnar da tua boca avermelha em tons de luzes as sutilezas ditas aos ouvidos. Ah! e não esqueça de abrir a porta quando eu bater, ou poderei congelar no calor infernal que faz aqui dentro.

Lays Silva   

Menta


Tudo me mata quando em nada há vida. Tudo me cala quando em nada há som. Tudo me atormenta quando em tudo há nada. Tu me mata a vida, me cala o som, quando falta a menta da tua boca.

Lays Silva 

Eu SOU o Tom e a Palavra

   

Capa do álbum "Canções de Apartamento", Cícero Lins

        Essa não sou eu: nos livros e discos; não sou eu nas músicas, nas letras; não sou eu nas capas, nos encartes. Não sou eu nas personagens das canções e histórias, nem no amor, nem na tragédia, nem nas decepções, nem mesmo nas musas inspiradoras ou nos sentimentos por trás do escrito, do dito, do cantado. Nem sei se mesmo lendo leio, se ouvindo ouço.
        Então, se estiver a minha procura, não comece por aí; não estou.

Lays Silva

Tolices Que Fazem Sentido


Uma vida á procura da felicidade e ela alí, encima daquele entulho de simplicidade.


Lays Silva 

Do Universo: a madrugada


Fotografia1 via: (http://www.marinamara.com.br/2010/05/19/lua/)/Fotografia2: (autor e fonte desconhecidos)/Montagem própria


          Nesta noite um tanto jazz, à ilustríssima presença da Lua, sob observação das estrelas em seus mistérios escarnecedores; café frio, música quente, espírito morno e muito devaneio para uma vida só.

Lays Silva

O Senhor dos Oxímoros


Camões invadiu-me e hoje minha alegria é triste.

Lays Silva

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

No Tom Da Palavra


Entre palavras em metáforas de poesias, haviam notas em acordes de melodias. E em meio a tudo isso havia o silêncio; tudo fazia sentido.

Lays Silva

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Em Mim


       Quando alguém, na rua, tocou meu ombro, por um momento, pensei ser a sua mão, pensei ver o teu sorriso, o teu molejo, pensei sentir o teu calor, pensei em você - todo - como se uma cópia fiel sua estivesse presa aos meus olhos - dentro deles. Mas não era você, era outro, que não você; não o teu cheiro de mistério, não a tua voz aflautada, não o teu swing, não o teu olhar por baixo, teus lábios inchados, não você. Porém, de um jeito sem jeito (e nem por isso sem foco) era você - em mim.

Lays Silva

A Arte do Querer


Fotografia por Lays Silva


        Não preciso de chazinhos, ou qualquer tentativa de "nãoajuda". Eu quero é correr por ai, gritar feito louca e mostrar que minha sanidade está como deveria - não normal. Quero algo doce na boca, mais que chocolate; algo que dissolva na saliva, mais que ironias; algo para enveludar o paladar, atiçar a ânsia, queimar os lábios, carbonizar as palavras, entrelaçar as línguas. Quero é sentir o peito arfar, só para observá-lo acalmar-se por si só, sem chazinhos - talvez abraços.

Lays Silva      

Para Virar Merda

   
Fotografia por Lays Silva


                 Algo instalou-se em mim - embora eu tenha relutado a acreditar que coisas se instalem sem prévia aceitação. E está tomando conta da minha mente, da minha alma, da minha sanidade, da minha vontade, da minha escrita, da minha roupa, da minha música, dos meus conceitos. E eu instalei-me na comodidade incomoda, como estar presa em um pesadelo e não conseguir livrar-me dele; instalei-me no chão, nos cantos, na poeira, na penumbra. A angústia me consome, enlouque-me, faz-me querer chorar, gritar, pular e tira minhas forças, voz, lágrimas. O cansaço me consome, me estrebucha, massacra, encurva. Algo me consome, como erva daninha, como sangue-suga, como vírus. Preciso consumi-lo, comê-lo, excreta-lo.   

Lays Silva